segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Rudy Steiner

Oi,

" - Rudy, por favor - e as lágrimas se engalfinhavam com seu rosto. -Rudy, por favor, acorde, que diabo, acorde, eu amo você. Ande, Rudy, vamos, Jesse Owens, não sabe que eu amo voce? Acorde, acorde, acorde...
Mas nada se importou.
Os destroços apenas subiram, mais altos. Montanhas de concreto com tampas de vermelho. E uma linda menina, pisoteada pelas lágrimas, sacudindo os mortos.
Incrédula, Liesel afundou a cabeça no peito de Rudy. Segurou seu corpo amolecido, tentanto impedir que pendesse para trás, até que precisou devolvê-lo ao chão massacrado. E o fez com delicadeza.
Inclinou-se, olhou para seu rosto sem vida, e então beijou a boca de seu melhor amigo, Rudy Steiner, com suavidade e verdade. Ele tinha um gosto poeirento e adocicado. Um gosto de arrependimento á sombra do arvoredo e na penumbra da coleção de ternos anarquista. Liesel beijou-o demoradamente, suavemente, e, quando se afastou, tocou-lhe a boca com os dedos. "

A Menina que Roubava Livros - O Fim do Mundo (Parte II)

Nenhum comentário: